Cuidado demais ...ou de menos?
Rita Seda
Estávamos todos reunidos em casa de uma pessoa da família quando os dois garotos chegaram, vindos da corrida de kart. Abrindo a mochila um deles jogou nos braços da mãe um bolo de roupas e disse:-Pegue aí, mãe, as roupas do Bruno. Ao que Bruno retrucou, rindo:- Tá louco, rapaz?Será que eu estou pelado? –Uai, não pensei nisso. Vi as roupas penduradas e pensei que eram suas e que ia esquecer por lá... De quem são, então, essas roupas? Todos riam, mas estavam curiosos em saber o fim da história.-Devem ser do rapaz que se acidentou no kart e saiu de ambulância... Puxa vida! Na próxima corrida, devolveremos.
Quando fui a um casamento em Aparecida havia muitas jovens da mesma idade minha. Eu tinha levado um batom marca “Toque Italiano”, última novidade no comércio. Tive tanto cuidado para não o perder que, quando abri minha bolsa, já de volta em casa, encontrei, não um, mas dois batons daquela marca e da mesma cor. Devo ter ficado vermelha de vergonha e tive o trabalho de telefonar para cada uma das companheiras para devolver o batom...
Em compensação, uma grannnnnnnnnnde amiga, colega de escola, depois que nos formamos, levou por empréstimo um vestido meu, era vermelho e enfeitado com fitas de cetim da mesma cor. Era lindo! Tomou chá de sumisso, a amiga e com ela meu vestido. Até minha família sentiu, pois a roupa e os sapatos eram novinhos... Foram por mim, usados, uma única vez! É a vida, nada é só nosso, num instante podemos perder algo que gostamos muito. Tomara que a tenha feito feliz!
Numa viagem que fizemos para uma cidade turística, nos hospedamos no hotel de sempre, foi tudo bacana. Ao desfazer as malas, na volta, notei que faltavam as sandálias confortáveis que uso sempre. Tendo amigos naquela cidade pedi a um deles que apanhasse a minha encomenda no hotel, eu já havia combinado com o gerente e ele garantiu que guardaria para mim. Parecia tudo certo, mas quando abri o pacote onde deveriam estar minhas sandálias tão esperadas, tive a maior decepção: havia, sim, sandálias, mas em estado de ir para o lixo... Quis falar com o gerente novamente, mas estava tão brava que preferi curtir o meu esquecimento com um “mea culpa...” Quando se fica brava o melhor é silenciar! Para não se arrepender depois. Assimilar a lição e não cair noutra...
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