Realidade e fantasia
Rita Seda
Gosto de ver filmes que tragam algum enriquecimento para mim. Nesta quaresma tive a sorte de ver alguns filmes muito bons na TV Aparecida. Um deles intitula-se:”Meu pai:uma lição de vida”. Nele tem uma cena entre pai e filho que teve muito a ver comigo. O pai, velho e triste porque sua esposa havia tido um problema cardiovascular e estava internada. O filho, que veio fazer-lhe companhia, deu-lhe boa noite e foi dormir. Notando que seu pai não apagava a luz, o que significava que não se deitara, foi ver o que havia e deu com o velho sentado na cama, como que esperando alguma coisa. Faltava-lhe o pijama e ele explicou ao filho que sua esposa é que entendia dessas coisas e ele nem fazia idéia de onde ela guardava as roupas. Dei um suspiro de alívio...Pensava que só em minha casa aconteciam coisas desse tipo. Graças a Deus! Outros também passam tais apuros! No dia em que fui hospitalizada tive que ir de ambulância. Não porque estivesse tão mal. O médico exigiu. Fui como uma encomenda com endereço. Um tipo SEDEX que tinha portador e destinatário e devia ter assinatura de recepção. Ainda vou entender... Como fui impedida de passar em minha casa para apanhar meus pertences Ivon fez isso por mim. Tudo bem. Quando abri a mala que ele levou tive vontade de chorar. Só a escova de dentes estava certa. Pijamas? Roupas? Chinelo? Ai, meu Deus! Coitado do Ivon!...Na primeira noite usei a camisola do Hospital, velha e surrada, que nem fechava mais e esperei o outro dia para dar um jeito. Fiz o desenho do armário, escrevi o que tinha aqui e ali e o Ivon foi buscar outra vez. Mas quando tem que dar errado dá mesmo. Foi pior a emenda do que o soneto. Graças a Deus estava de bom humor, tranqüilizei-me. E pensei que não adianta fazer tempestade em copo dágua. O que interessava era sarar e vir embora. Tive que dormir com roupas de uso diário e saí do hospital com camiseta do Ivon...Mas tive que achar muita graça quando me queixei para Letícia e ela caiu na risada. Lembrou-se de quando eu separei uns pijamas e camisolas melhores e lhe disse que eram para serem usados quando eu tivesse alguma internação. Não queria passar apuros...Rimos os três juntos. É, o velho do filme tinha razão, roupas, sejam de uso pessoal, de cama, banho ou mesa, só as esposas sabem onde estão...
Rita Seda
Gosto de ver filmes que tragam algum enriquecimento para mim. Nesta quaresma tive a sorte de ver alguns filmes muito bons na TV Aparecida. Um deles intitula-se:”Meu pai:uma lição de vida”. Nele tem uma cena entre pai e filho que teve muito a ver comigo. O pai, velho e triste porque sua esposa havia tido um problema cardiovascular e estava internada. O filho, que veio fazer-lhe companhia, deu-lhe boa noite e foi dormir. Notando que seu pai não apagava a luz, o que significava que não se deitara, foi ver o que havia e deu com o velho sentado na cama, como que esperando alguma coisa. Faltava-lhe o pijama e ele explicou ao filho que sua esposa é que entendia dessas coisas e ele nem fazia idéia de onde ela guardava as roupas. Dei um suspiro de alívio...Pensava que só em minha casa aconteciam coisas desse tipo. Graças a Deus! Outros também passam tais apuros! No dia em que fui hospitalizada tive que ir de ambulância. Não porque estivesse tão mal. O médico exigiu. Fui como uma encomenda com endereço. Um tipo SEDEX que tinha portador e destinatário e devia ter assinatura de recepção. Ainda vou entender... Como fui impedida de passar em minha casa para apanhar meus pertences Ivon fez isso por mim. Tudo bem. Quando abri a mala que ele levou tive vontade de chorar. Só a escova de dentes estava certa. Pijamas? Roupas? Chinelo? Ai, meu Deus! Coitado do Ivon!...Na primeira noite usei a camisola do Hospital, velha e surrada, que nem fechava mais e esperei o outro dia para dar um jeito. Fiz o desenho do armário, escrevi o que tinha aqui e ali e o Ivon foi buscar outra vez. Mas quando tem que dar errado dá mesmo. Foi pior a emenda do que o soneto. Graças a Deus estava de bom humor, tranqüilizei-me. E pensei que não adianta fazer tempestade em copo dágua. O que interessava era sarar e vir embora. Tive que dormir com roupas de uso diário e saí do hospital com camiseta do Ivon...Mas tive que achar muita graça quando me queixei para Letícia e ela caiu na risada. Lembrou-se de quando eu separei uns pijamas e camisolas melhores e lhe disse que eram para serem usados quando eu tivesse alguma internação. Não queria passar apuros...Rimos os três juntos. É, o velho do filme tinha razão, roupas, sejam de uso pessoal, de cama, banho ou mesa, só as esposas sabem onde estão...
0 comentários:
Postar um comentário