13 de dezembro de 2011 | By: Rita Seda Pinto

Essas crianças!

Essas crianças...
Rita Seda

Está pertinho o Natal. Enfeites nas lojas, Papai Noel todo prosa com seu Ô...Ô...Ô...para atrair a criançada. Graças a Deus que o triste tempo de criança ficar sem brinquedo no Natal acabou... Mande cartinha para o Papai Noel, é só escrever, endereçar o envelope e colocar no Correio! Os presentes aparecem... A TV deveria abolir aqueles filmes tristes em que a pobrezinha órfã morria congelada namorando vitrines! Ou alguém que ficava espreitando a árvore iluminada da casa rica e, de quebra, sentia o cheiro das guloseimas no ar, ficando só na vontade... Guardem os filmes como relíquias de um passado morto e enterrado! Mas não deixem de fora o aniversariante. Poucas crianças de hoje sabem distinguir o verdadeiro dono do Natal. E são em menor número, ainda, as que o procuram para dar-lhe o presente de seu amor, de sua gratidão, de seu reconhecimento. Criança é criança. Não pode entender as coisas que não lhes são ensinadas. É tão fácil dar-lhe a idéia do Natal utilizando, por exemplo, o presépio, partilhando com a criança cada peça, cada enfeite, cada imagem! Contar uma história de forma real, manuseando, brincando, cantando... Fazê-la esperar o dia próprio para colocar Jesus na manjedoura, rezar junto agradecendo os dons do ano que passou, pedindo bênçãos, tudo isso provoca encantamento. Quem não fica extasiado diante de um presépio? Natal é festa de ternura porque o Senhor vem para salvar-nos. Não esqueçamos o motivo primordial da comemoração. O Papa Leão Magno disse: “Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos! Não pode haver tristeza no dia em que nasceu a vida: uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com a promessa de eternidade”. O motivo dessa alegria é que um filho nos foi dado (Is 9,6), a bondade de Deus se manifestou (Tt 3,4 ), Deus nos falou por seu Filho (Hb1,2 ). Nós, adultos, devemos estar sempre lembrados do verdadeiro sentido dessa data especial e do nosso dever de incuti-lo em nossas crianças.”Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.Vinde, adoremos! A graça de Deus se manifeste em você e sua família! Feliz Natal, queridos irmãos! Vinde, adoremos!

Noite de Natal

Noite de Natal
Rita Seda

Natal de Jesus, natal da humanidade...
Ser mãe, apesar das tribulações, tem suas compensações. Ter nos braços uma criaturinha que esteve escondidinha dentro da gente é a primeira delas. Um grande mistério tudo envolve, impossível entendê-lo. Principalmente no tempo em que tive meus filhos. Não existia pré-natal ainda, a gente consultava o médico obstetra porque já tínhamos certa noção de responsabilidade e queríamos saber o andamento da gestação. Acabava-se dando à luz pelas mãos de alguma irmã parteira e da inesquecível Filomena. Só se chamava o Dr.Edmundo se havia complicação no parto. No Hospital havia uma sala especial para partos, ainda não havia a maternidade separada. Recebia-se visitas, as mamães eram muito bem tratadas e nenhuma saía de lá antes de três dias. O bebê ficava no quarto da mãe, não havia berçário. Na força da fé em Deus, vencíamos.
Os métodos e aparelhagem da medicina evoluíram e hoje é possível que pessoas credenciadas assistam partos de entes queridos pela Internet do outro lado do planeta. Que avanço!
Imagino o tempo de minha mãe. Ter 15 filhos em casa, assistida por uma “curiosa” como chamavam as parteiras naquele tempo. Como fui a última, não sei dizer como era, só imagino!Mas Deus estava com ela. Minha mãe tinha uma fé que tudo superava. E as outras mães, claro que também se apegavam à fé.
Fico imaginando a Virgem Maria. Menina moça, viajando em cima de um animal, sabendo que carregava dentro de si o Filho de Deus... Ela foi amor, mansidão e aceitação. Não era o personagem principal, era a arca que o carregava. Era um coração repleto de perguntas. As dúvidas ela resolvera com o Anjo São Gabriel no momento da Anunciação, mas o mistério permanecia, só podia ir aceitando os fatos, o que fazia com amor de mãe e de quem estava em Deus. José foi o valioso apoio em todos os momentos. Os dois eram os responsáveis pelo Menino. Tenho grande admiração por esse casal que Deus escolheu para tal tarefa. José, o Homem Justo, no dizer da Bíblia e Maria, a Virgem Pura que foi preparada para trazer ao mundo o Salvador. Tornou-se Mãe da humanidade aos pés da cruz. Seus cuidados por nós já existiam nela, pois nas Bodas de Caná, com jeitinho materno, levou Jesus a realizar o seu primeiro milagre em favor dos noivos que não tinham mais vinho para oferecer aos convidados. Por isso lembro a quem me lê:”Peça à Mãe que o Filho atende!” Sagrada Família de Nazaré! És o centro do presépio e estás no centro do mundo para dar exemplo às nossas famílias!