18 de novembro de 2010 | By: Rita Seda Pinto

RITÁPOLIS

Ritápolis

Rita Seda



Alguém até pode pensar que eu adoro estrada, pois sempre estou contando aventuras de alguma viagem. Mas não é bem assim, eu gosto mesmo é de conhecer novos lugares. E tenho que arcar com o ônus da estrada ou do perigo de um avião...Há menos de um mês do regresso de Recife eis que certos compromissos familiares me colocaram outra vez dentro de um carro por algumas horas. Nós dois e a filha Rita Elisa. Foram dias em que vivi as mais fascinantes e inesperadas histórias que nunca imaginei protagonizar. Livres de uma agenda pré determinada demo-nos o prazer da improvisação. Aqui vai uma delas: Numa beira de rodovia, vimos a placa da cidade chamada Ritápolis. A princípio, por curiosidade, até por brincadeira, resolvemos conhecer de perto a tal cidade que, tem o nome da mãe e da filha, mas, antes de tudo, tem um santuário de sua padroeira, Santa Rita de Cássia. E quisemos conhecê-lo. Feriado prolongado, Santuário fechado, ruas e praças desertas. Apenas um pobre coitado se achava na horizontal, na sarjeta. Casas fechadas, de aspecto antigo, bem conservadas, muitas e belas flores, tudo limpo. Mostram bem que ali era bairro, zona rural, diferente das suntuosas mansões da cidade a que pertenceu. Descemos na praça, curiosos para verificarmos de quem era a estátua fixada na sua ponta. Em nada parecia com a de Santa Rita! Qual não foi o nosso espanto quando lemos a placa: “Aqui é o berço da Liberdade”. A estátua, já deu para perceber, né? Era de Tiradentes, o mártir da Indepedência. Providencialmente apareceu um senhor a quem abordamos e que nos revelou o que estávamos tentando entender. Para nós, Tiradentes nasceu na Fazenda do Pombal, em São João D’El Rei. O caso não é tão difícil de entender, depois de explicado. Difícil ainda está sendo a aceitação, pelo povo da cidade mãe, pelo que pudemos averiguar em outras prosas, com os seus habitantes...Ritápolis ganhou cidadania e a fazenda do Pombal fica em seu território. Agora é sede da Policia Florestal. Em suas terras cultiva-se e comercializa-se flores. Ficamos sabendo que a cidade chamava-se Santa Rita do Rio Abaixo (Rio das Mortes), que ainda possui muitas fazendas. Conserva entre suas casas os “Passos” da Paixão de Cristo, pudemos ver alguns e conhecer também a sala dos milagres atribuídos à padroeira. Não concretizamos nosso desejo de visitar a Fazenda do Pombal porque não era dia de visitação. Mas não faltará ocasião, agora que descobrimos o mapa da mina!

2 comentários:

Rita Elisa Seda disse...

Foi uma viagem mágica, onde rompemos o paradigma do tempo, vivemos sete dias em apenas três, me atrevo a dizer que recebi nesses dias informações que geralmente resgato em um mês. Obrigada pelo carinho nesses momentos. Beijos, felicidades e a paz!

Silvinh@ disse...

Que delícia, Rita!!!
Viajar, com seu Ivon e Rita Elisa; sem lenço e sem documento...Bom demais, hein!!!
Pelo que você escreveu e pelo que Rita Elisa colocou no seu blog também, foi maravilhosa a viagem de vocês...
Quanta novidade!!! Quanta história de nosso país!!Quanta coisa nova!!!
Quanto divertimento, Rita!!!
Isso é bom demais, né...Na companhia de seu Ivon e de Rita Elisa...melhor ainda!!!rsrsrsrsr
Olha, nunca tinha ouvido falar de Ritápolis...rsrsrsrsrsrsrsrsr
Puxa...Esta foi a maior novidade e tanto, pra mim...
Vocês: Rita X Rita Elisa são privilegiadas, amigas!!!
Uma cidade com o nome de vocês!!!Muito interessante, né!!! Chiquérrimo!!!rsrsrsrsrs
Aqui na Região de Araraquara, temos a cidade de ITÁPOLIS...umas das cidades que mais produzem laranja no Brasil, e também muito dedicada ao artesanto, principalmente bordados.
Poste algumas fotos para conhecermos um pouco mais de RITÁPOILS, e de nossa história!!! rsrsrs

Beijos, Frote e carinhoso abraço!!!

SIlvinha

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